terça-feira, 30 de setembro de 2008

Paz (11/09/2008) *poema que escolhi para o concurso, mas não ganhei porque os jurados do meu colégio preferem poemas bestas*

Ouço uma voz em minha mente,
A voz da responsabilidade,
A voz da realidade
E mais forte ainda a voz da proteção.
Proteção a esse mundo
Que está sendo corroído,
Destruído
E usado, sem nenhuma compaixão.
Não existe mais inocência
E hoje essa palavra tornou-se um insulto
As crianças clamam por piedade
Nesse mundo cruel e já sem idade.
Tudo se perdeu
E eu olho assustada
Em como isso se transformou
E a inocência já não mais me acompanha.
Meus olhos
Já foram capazes de ver
Lágrimas de sangue
E dor.
Não se ouve a voz alegre das crianças
Nem a conversa na varanda,
Hoje perdura o silencio
Muitas vezes quebrado pela gritaria
E o barulho do fuzil.
A palavra pacifico
Perdeu-se no tempo
Causando tormento
Nos olhos sem nenhuma esperança.
Muitos acham que gastam seu tempo
Tendo esperança
E se ela nunca vier?
E se isso nunca acabar?
Seria mesmo que o mundo
Estaria perdido para sempre
Ou ainda há uma forma de modificá-lo?

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